
Eu, Valter Bitencourt Júnior, só tenho a agradecer, por poder fazer parte da Academia Teófilo Otoni, pois juventude aprenda a explorar o melhor que se é oferecido, para a vida, e desfrute na melhor forma possível, brigue pelos os direitos, e sempre busque, o jovem por sua vez tem que aprender a ser protagonista. Cada ser tem um destino, e o meu destino são as palavras, assim como o meu trabalho, no qual busco a desenvolver, na melhor forma possível, para que no meu futuro fique a minha história, e que a minha história de vida não seja uma história qualquer, que também tenha os seus segredos, e mistérios.
Encontrei um registro muito importante, datado no dia 17 de março de 2012, registra o dia em que estive no Projeto Fala Escritor, e pude ver uma entrevista que foi feita ao professor Germano Machado. Essa data marca um dos primeiros dias que pisei os pés no Projeto Fala Escritor. Assisti também uma apresentação de uma belíssima cantora, chamada Iara Castro.
Neste dia eu me senti super bem, foi como se eu estivesse em casa, só que um pouco preso, observando cada acontecimento. Ali também pude assistir algumas apresentações de poesia, alguns poetas e escritores se colocando em diversas formas. E por que não o Germano Machado, como membro da Academia de Letras da Bahia, ou quem sabe na Academia se Letras do Brasil? E com certeza, seria muito importante, para a nossa literatura, pelas obras que o Germano Machado tem publicado, pela luta deste mestre, escritor, filosofo… a este criador do CEPA (Círculo de Estudos Pensamento e Ação).
Era o que se discutia em 2012, quem sabe até mesmo em alguns anos atrás.
Valter Bitencourt Júnior
Canção do Hierofante, livro da autoria de Elder Carlos dos Santos, com o prefácio do prof Germano Machado, quem escreveu a orelha do livro foi o Ivan de Almeida, livro publicado pela Cogito Editora e a Editoração CEPA, 174 página.
Um livro muito diferente, de muitos livros de poesia que tenho lido, além da poesia o livro nos trás uma história, uma aventura, tanto em prosa quanto em poesia, com descrição, com verso, com quebra de versos, mas sempre trazendo algumas rimas. A sensação ao ler cada palavra é de estar lendo enigmas, e de fato é o que o livro Canção do Hierofante, nos trás, mistério, encanto, beleza, fantasia.
Elírio (uma das personagens do livro – personagem principal), para mim é como o Pequeno Princípe, de Antoine de Saint-Exupéry, um livro com uma grande beleza, e que ao mesmo tempo nos fornece uma grande carga poética, onde a personagem viaja, na busca de alcançar o objetivo, quem sabe de proteger ou de salvar o lugar onde vive, de descobrir o novo, de ganhar sabedoria, a partir de cada acontecimento. A natureza encontra-se presente no livro Canção do Hierofante, a natureza e seus elementos, terra, fogo, água, ar, a natureza e o seu ciclo, encontra-se presente em cada palavra do livro, os oroxás, as deusas mitológicas. Elder consegue unir ambos numa forma incrível, assim tornando o livro mais atraente, envolvente, levando ao leitor a curiosidade, a vontade de seguir em frente, e também se tornar um aventureiro a partir de cada página do livro.
Canção do Hierofante, se divide em IX partes, na primeira parte, muito tenho me encantado com a poesia “Mãe – Terra”, “(…) Em seu ventre me gerou / Deu-me o ponto de partida / Agradeço à mulher / Que aceitou me dar a vida (…)”, a profundidade dessa poesia é gigantesca, “(…) Desde quando nem me lembro / Sua mão é que me guia / Conforto na hora do medo / E calor na noite fria (…)”. E o agradecimento pelo cuidado, por tudo “(…) Agradeço pelo cuidado / Pelo olhar que se importa / Pela mão que enxuga a lágrima / Pelo colo que conforta (…).” A passagem dd cada poesia é como se fosse um enigma, a forma que a poesia ganha a rima, a forma que a poesia é traçada, cada ritmo e musicalidade. E dentro do livro uma história, em poesia, em prosa, muitas das vezes como se fosse um conto.
De todas as ajudas que o Elírio teve, de fato ele foi um guerreiro, não desistiu, por mais que o caminho ia se dificultando, ele não desistiu, conseguiu tirar forças, conseguiu se recompor, conseguiu fazer uso das palavras, teve as palavras como uma arma, e foi um guerreiro grato, e cada poesia um presente, um agradecimento, uma forma de compartilhar o que tem, o emprego das palavras.
O Elírio nasceu, viveu, e renasceu, renasceu como um Hierofante, um guerreiro, e o livro de fato emociona, encanta “(…) Acorda Hierofante! / Chama as deusas pra dançar / Porque a vida está lá fora / Convidando-lhe a chegar // Acorda Hierofante! / Toma as rédeas do destino / Com o saber do ancião / Com a inocência do menino(…).
A apreciação, a busca da força a partir de cada elemento da natureza, quem sabe um “Avatar”, “(…) Que eu seja forte como a terra / Sempre absoluto e acolhedora / Que eu seja forte como a terra, / Sempre terna e sempre mansa / Que eu seja forte como a terra / Com a pujança de um terremoto / E a paz de um campo de lírio (…)”, e assim foi escrito também a Canção do Fogo, a Canção da Água, a Canção do Ar, e até mesmo a Canção do Hierofante, e a sensação não é apenas de um enigma, como também de um ritual.
Valter Bitencourt Júnior