À procura
Procuro algo em mim
Entre duas pedras
Dentro de um vulcão voraz.
Procuro meu ser poeta,
Que só o meu destino
Pode encontrar!
Onde não sei…
Vejo tudo em neblinas.
Luz do dia
Desvenda-me como um poeta.
Na minha vida
Jamais avistaria isto
Neste meu ser crítico, lasso, lamentável…
Farei com que a poesia entrelace
No meu ser triste,
Pra que possa avistar sentimentos abstratos
A que não dou mínima importância
Que, no fundo, é uma alexandrita
Quando na luz do sol o seu verde
Traga-me esperança
Na luz artificial da noite o seu vermelho
Dê-me amor!
Oh! Luz do dia dê-me
Do meu ser poeta
Um dia de alegria
Pra que possa
De verdade amar
Meus semelhantes.
Sou poeta
Escuto, escuto a vida.
Ando no horizonte…
Traço do passado.
Canto para ninar
Meu coração de todas as lembranças
Sinto cheiro de telúrio molhado
Neste dia poético
Sou poeta!